sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CASO MARCELO CARON, PASSO A PASSO.

O ex-médico Denísio Marcelo Caron foi condenado a 13 anos de prisão, em regime fechado, pela morte da paciente Flávia Rosa, de 23 anos, ocorrida em março de 2001, seis dias após ela ter sido submetida a uma cirurgia de lipoaspiração. A sessão do júri popular presidida pelo juiz Lourival Machado da Costa, do 2º Tribunal do Júri da capital, aconteceu nesta quinta-feira (29), no Fórum de Goiania.
Contudo, assim que o juiz leu a sentença condenatória, o advogado de Caron, Ricardo Naves, recorreu da decisão e o ex-médico vai aguardar novo julgamento em liberdade.
Ao ler a sentença, o juiz salientou que a condenação não era somente por causa da conduta do ex-médico, mas também pelo fato do réu não ser habilitado a fazer cirurgias plásticas. "O réu tinha plena convicção da sua falta de esperteza pelo fato de não ter residência na área cirúrgica e mesmo assim, se habilitar a fazê-lo", pontuou.
O julgamento, iniciado às 8h55, foi suspenso para o almoço, por volta das 13h, e retomado por volta das 14h15. À tarde,  a promotoria e a defesa apresentaram os argumentos e, por fim, os sete jurados votaram. A setença foi proferida por volta das 19h.Foram convocados 25 jurados. Destes, sete foram sorteados pela manhã para integrar o júri. Como a promotoria e a defesa têm o direito de aceitar ou não os componentes do júri sorteados, a defesa de Caron requisitou que três pessoas escolhidas fossem substituídas. Elas eram mulheres e jovens, o mesmo perfil da vítima que morreu. Após a substituição, o júri ficou composto por cinco homens e duas mulheres.
Durantre quase quatro horas, membros de defesa e acusação de Caron expuseram aos jurados suas alegações. O primeiro a falar foi o promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo. Ele pediu a acusação de Caron por homicídio doloso com dolo eventual se baseando principalmente em duas vertentes: o laudo pericial da morte de Flávia e o fato do réu realizar cirurgias plásticas sem ser habilitado para tal procedimento.

“O laudo aponta que a Flávia morreu por infecção depois de ter o fígado perfurado. Foi ele quem fez isso (disse apontando para o ex-médico), por imperícia e por não ter conhecimento técnico. A partir disso, decorreu o processo infeccioso", afirmou.
Ex-médico Marcelo Caron durante julgamento pela morte da paciente Flávia Rosa, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Ex-médico Marcelo Caron durante julgamento 
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O promotor ainda lembrou que o acusado responde pela morte de outras cinco  mulheres. Ele foi irônico ao falar da história de Caron a respeito das mulheres. Para o promotor, elas são vitimas de "procedimentos infelizes". "Em menos de cinco anos, dezenas de pacientes foram mutiladas e seis morreram. Nesse ranking ele não tem competidor".
Defensor do réu, o advogado Ricardo Naves citou o laudo de exumação da oficial de Justiça. “Os peritos não podem negar que houve imprudência, imperícia ou negligencia na lipoaspiração", disse, lendo um trecho do documento, o qual considera inconclusivo.
Naves também alegou que Caron era amigo da família de Flávia. Antes que os jurados tomassem a decisão, pediu que agissem com isenção e não fossem levados por uma possível influencia da mídia. “A mídia esta toda nele e vende muito escândalo. Será que conseguimos julga-lo com imparcialidade ou ainda o vemos com aquele estigma?", questionou.
O interrogatório de Marcelo Caron durou 1h20. Ele começou a falar às 11h40, após as declarações de quatro testemunhas. Caron chorou e disse ter sido "excessivamente acusado" e, ao ser questionado pelo júri popular sobre a vítima, falou: "Se pudesse, trocaria a minha vida pela dela".

Marcelo Caron é condenado a 13 anos de prisão por morte de paciente, Maurício Gonçalves de Camargo (Foto: Sílvio Túlio/G1)
Promotor de Justiça Maurício Gonçalves de
Camargo (Foto: Sílvio Túlio/G1)
A declaração irritou a mãe de Flávia, Mônica Rosa de Oliveira, que deixou o tribunal por alguns minutos. "Saí de lá para não gritar. Ele quer ganhar o júri, mas são lágrimas de crocodilo", disse ao G1 a mãe da vítima.
O ex-médico disse não acreditar que uma lesão no fígado seja a causa da morte da paciente. Para o ex-médico, Flávia foi vítima de embolia.
Primeiramente, Caron respondeu ao juiz que, na fase pós cirúrgica, quando Flávia foi internada na UTI do Hospital Jardim América, houve uma "preocupação exacerbada com o fígado" da paciente, deixando de dar atenção aos outros órgãos, e argumentou: "A perfuração era de dois centímetros, o equivalente a uma pulsão para biopsia". No entanto, logo depois, disse que o fígado foi lesionado durante a cirurgia geral realizada após a lipoaspiração.

Caron disse ter acompanhado a cirurgia geral, feita por outro médico, e argumenta não haver provas da perfuração no órgão: "Houve apenas uma avaliação do cirurgião geral de que o fígado foi perfurado. Não houve registro, não houve fotos". Para o ex-médico, uma embolia levou ao inchaço no fígado, que levou a vítima a uma infecção, abaixou sua imunidade e causou a falência múltipla de órgãos.

médica Ana Flávia Vilela - testemunha julgamento Marcelo Caron (Foto: Gabriela Lima/G1)
Médica Ana Flávia Vilela atendeu paciente na UTI e
percebeu infecção (Foto: Gabriela Lima/G1)
Mais cedo, a médica Ana Flávia Vilela, plantonista que atendeu a vítima na UTI do hospital na manhã seguinte à internação, disse a paciente apresentava grave anemia por ter tido o fígado perfurado durante o procedimento estético. Segundo a médica, a vítima chegou ao hospital com muita falta de ar e estava com o abdômen bastante endurecido, mas Caron avaliou o quadro como "normal".
Ela relatou que os dois divergiram sobre o diagnóstico: "Ele achou uma coisa, eu achei outra e, por fim, quando ele saiu, eu chamei outro médico para olhá-la". Segundo Ana Flávia, quando o outro cirurgião abriu a paciente, viu um sangraremos volumoso e constatou o inchaço no fígado. "Então, ele percebeu que o órgão tinha sido perfurado", disse a profissional, que na época atuava em clínica geral e atualmente é oncologista.
Dor psicológica
Entre as testemunhas de acusação também estavam a mãe e uma prima da vítima. Mônica Rosa e a sobrinha Caroline Rodrigues de Oliveira Rosa reclamaram da conduta do médico após a cirurgia plástica. "Ele falava que ela estava com manha e que a dor que sentia era psicológica", relatou Caroline.

Mônica falou a o juiz que partiu dela a iniciativa de internar a filha: "Por telefone, ele [Caron] me disse que podia internar, mas que qualquer despesa seria por minha conta".
Também testemunhou, arrolado pela acusação, o cirurgião plástico Nassif Barulla Neto, com quem Caron fez um estágio de dois anos, disse que o réu podia atuar em medicina, mesmo não tendo feito residência na área: "Não há impedimento legal, desde que o profissional seja médico".
Em entrevista ao G1, o advogado Ricardo Naves, defensor de Caron, reconheceu a responsabilidade do ex-médico, mas nega dolo eventual: "culpa é culpa, mas ele não tinha intenção de matar, nem assumiu o risco".
Flávia Rosa, paciente que morreu após lipoaspiração feita pelo ex-médico Marcelo Caron, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Flávia Rosa, paciente que morreu após lipo feita
por Caron (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Cirurgia
Flávia Rosa morreu em 12 de março de 2001, seis dias após se submeter a uma cirurgia de lipoaspiração. Segundo o promotor, durante o procedimento, o ex-médico perfurou o fígado da vítima. "Ela recebeu alta da clíncia de Caron pouco tempo depois da cirurgia, mas, em casa, sentia fortes dores e tinha febre. A família, então, decidiu levá-la para um hospital, onde ela veio a falecer", relatou Camargo.

Caron responde a 29 processos na Justiça por diversos crimes como lesão corporal e estelionato. O ex-médico foi condenado, em primeira instância, pela morte de duas mulheres no Distrito Federal. Em Goiás, responde pela morte de quatro pacientes, por complicações após cirurgias estéticas.

Condenações
Em 2009, o ex-médico foi condenado por homicídio pelas mortes das pacientes do DF. Juntas, as penas dos dois processos somam 30 anos de prisão. Ele recorreu da sentença e aguarda em liberdade. No entanto, ele cumpre pena no regime semiaberto em Natal, onde reside atualmente, por lesão corporal grave a uma paciente de Goiânia, em 2012.

Apesar de atuar como cirurgião plástico em Goiás e no Distrito Federal, ele não tinha especialização na área e teve o registro profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina por exercício ilegal da profissão. Depois da primeira condenação, ele se formou em direito, mas disse durante o julgamento que  faz "serviços braçais".

Fonte: g1.com.br

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

NOVOS CONSELHEIROS SÃO ELEITOS EM CAMPOS BELOS PARA O TRIÊNIO 2013-2016





Campos Belos elegeu, neste domingo, 25, os novos integrantes do Conselho Tutelar Municipal.  

Os conselheiros eleitos têm o dever de  assegurar os direitos das crianças e adolescentes na comunidade em que vivem. São escolhidas pela sociedade através de voto direto, com mandato de 3 anos.  

Neste domingo, a comunidade escolheu os cincos novos conselheiros para o triênio 2013-2016: 

Zé do Doce (558 votos)
Wendel Oliveira (515 votos)
Célia Modesto (462 votos)
Monique Maia (416 votos)
Reginaldo Teodoro (Buzina) (406 votos)


O ponto negativo nas eleições de ontem foi a pouca participação popular. Poucos mais de 1.400 pessoas compareceram para exercer sua cidadania. 

domingo, 25 de agosto de 2013

CURSOS DO PRONATEC JÁ É UMA REALIDADE EM CAMPOS BELOS E REGIÃO



Fonte: Professor Salviano G. Santos
Supervisor do Pronatec - Campos Belos e Cavalcante

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ARRAIAS TOCANTINS RECEBE PROFESSORES DO ESTADO PARA REUNIÃO DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO.





O Fórum e a Secretaria Municipal de Educação, através da Prefeitura de Arraias, em parceria com o Estado do Tocantins e os municípios de Paranã, Aurora, Lavandeira, Combinado e Novo Alegre, realizou nos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2013, a CONAE 2014 -  Etapa Intermunicipal de Educação, na Sede do CMEI Irmã Lucília - Centro Municipal de Educação Infantil Irmã Lucília com participação de vários segmentos da sociedade.

A Conferência teve sua abertura no último dia 20, com palestras e eixos temáticos da CONAE de 2014. No dia 21, foi a vez de debates e aprovação das moções apresentadas.

O evento, que reuniu centenas de professores do estado,  foi uma oportunidade para que os profissionais da rede municipal, estadual e federal discutissem o Plano Nacional de Educação com vigência até 2020.

Além disso, apresentaram propostas para melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem dos alunos, assim como melhorar a formação e valorização dos professores do ponto de vista econômico e pessoal.

As palestras foram ministradas por Professores Mestres e Doutores da UFT - Universidade Federal do Tocantins, da UNB – Universidades de Brasília e das Redes Estadual e Municipal do Tocantins.      

Além das palestras, discussões e troca de experiências, o evento também teve apresentações culturais, com alunos do CMEB, Profª Lívia Lorene Bueno Maia, e do CMEI Irmã Lucília e da escola particular Educandário Sapiens as quais enriqueceram o evento.


Ressalta-se que a Secretaria Municipal de Educação organizou  o evento de modo que os professores não precisaram se deslocar para almoçar. 

O espaço foi totalmente preparado para receber todos os conferencistas, os quais votaram as principais moções para a Conferência Estadual da Educação que acontecerá em 2014.




Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Arraias-Tocantins

terça-feira, 20 de agosto de 2013

JÁ ESTÁ LIBERADO A COMPRA DE INGRESSOS PARA A COPA DO MUNDO DO BRASIL 2014


A Fifa iniciou na manhã desta terça-feira a primeira fase do processo de venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2014. Nesse período, que vai até 10 de outubro, os torcedores poderão se registrar no site da entidade para ficarem aptos ao sorteio que será realizado mais adiante, de acordo com o número de solicitações.
A partir daí, os consumidores sorteados serão comunicados, e a Fifa cobrará o valor da entrada entre os dias 5 a 28 de novembro pelo cartão de crédito indicado na hora do pedido inicial. As entradas poderão ser entregues em domicílio.
tabela_ingressos_Copa (Foto: Infoesporte)Confira os preços individuais dos ingressos para a Copa do Mundo de 2014 (Foto: Infoesporte)
Nesse primeiro período de registro, não terá importância a ordem de cadastro. Todos os pedidos serão reunidos e processados conjuntamente ao fim desta etapa. Se o número de solicitações recebidas por jogo e categoria exceder a quantidade de ingressos disponíveis, será feito um sorteio para determinar os solicitantes contemplados.
Haverá segunda fase de vendas, dos dias 8 de dezembro a 30 de janeiro, reabrindo de 26 de fevereiro a 1º de abril. A última fase, caso haja disponibilidade, inicia em 15 de abril. Porém, desta vez, a ordem de chegada é fundamental para adquirir os bilhetes.
Para comprar as entradas ou se registrar para o sorteio, o torcedor precisa fazer um cadastro no site Fifa.com e iniciar o pedido para solicitar as entradas para os jogos da Copa do Mundo.
Dez minutos para realizar solicitação de ingressos
Reprodução site fifa compra de ingressos copa 2014 (Foto: Reprodução)Torcedores podem solicitar ingressos para todos os jogos da Copa de 2014 (Foto: Reprodução)
Logo nos primeiros minutos da venda de ingressos, o site da Fifa apresentou uma certa espera para levar o torcedor ao cadastro e solicitação de bilhetes. A cada quatro minutos, o consumidor era encaminhado para o registro. A mensagem "Pedimos desculpas pela demora" saltava em negrito na página.
Já na página de solicitação, cada consumidor demorava cerca de dez minutos para realizar o pedido, o registro das informações pessoais e os dados do cartão de crédito.
No fim, o site fornece um número de solicitação para os torcedores para que o pedido possa ser acompanhado via internet. No cadastro, os consumidores podem optar pela entrega em domicílio ou retirada em algum ponto estipulado pela Fifa.

Fonte: Fifa

sábado, 17 de agosto de 2013

CAMPOS-BELENSE SÓSTENES CUNHA CONTINUA SE DESTACANDO NO CENÁRIO NACIONAL E QUER MAIS VALORIZAÇÃO.




O lutador campos-belense Sóstenes Cunha tem se destacado no cenário estadual, e até nacional, nas artes marciais mistas (MMA).
Em sua estrada já se conta inúmeras conquistas, como o bicampeonato tocantinense. 
Foi ainda campeão interestadual GO-TO FAMSTO, bicampeão brasileiro Centro Oeste, campeão goiano, bicampeão da Copa São Sebastião, campeão brasiliense, campeão Mundial Rockstrke e 3º lugar no Open Rio International Masters & Seniors. 
Estes são apenas alguns dos títulos mais importantes já levantados por Sóstenes Cunha. 
Mesmo com uma carreira cheia de vitórias, o lutador reclama da falta de apoio. "Infelizmente só temos apoio da iniciativa privada e amigos, e com muita dificuldade", afirma.
Cunha também faz trabalhos junto a crianças e adolescentes na arte jiu-jitsu infantil. Mas deseja mais. 
Quer expandir seu trabalho com jovens, mas com o apoio governamental. 
"Sem o apoio do município, preciso cobrar para ensinar. Tudo que eu gostaria era a oportunidade de ensinar para as crianças da minha região e dar-lhes a oportunidade de chegar muito mais longe do que eu. Mesmo ainda vou chegar e fazer deles, antes mesmo de atletas, melhores pessoas", desabafa.



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

MENINO QUE MATOU OS PAIS, A AVÓ E A TIA TERIA AMEAÇADO OUTROS PARENTES

O estudante Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os pais, a avó, a tia-avó e depois se suicidar, teria mudado de comportamento antes doscrimes, de acordo com os depoimentos ouvidos no inquérito. Duas semanas antes das mortes, no dia 5, na residência da família na Brasilândia, zona norte de São Paulo, Marcelo teria começado a apontar a arma do pai para parentes e tentado ir à escola vestindo uma touca.
Ele teria acesso à arma do pai, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, que era casado com a cabo AndréiaRegina Pesseghini, de 36 anos. Cinco crianças que estudavam com o garoto no Colégio Stella Rodrigues já foram à polícia. Segundo pessoas que acompanharam as investigações, Marcelo havia avisado da intenção de matar os pais.
Logo nos primeiros depoimentos, o garoto foi retratado como um filho exemplar e bom aluno. Mas, de acordo com policiais, os professores e pais de alunos não tinham conhecimento dos comentários que fazia no colégio. Segundo a investigação, os próprios pais de Marcelo poderiam não ter prestado atenção à mudança de comportamento do filho.
Nesta quinta-feira, não foram prestados novos depoimentos. Para esta sexta-feira, 16, a previsão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é ouvir pelos menos mais duas pessoas: outro estudante da escola de Marcelo e o perueiro que levava o garoto esporadicamente para casa.
Na data do crime, ele voltou da escola de carona com o pai de um colega. A polícia pretende ouvir na terça-feira, 20, a médica que acompanhava o tratamento de Marcelo para fibrose cística, uma doença degenerativa que o garoto havia conseguido controlar. Ela teria atendido o garoto desde quando ele tinha 1 ano.
Vandalismo
A casa onde a família de PMs morreu foi alvo de ataque de vândalos ao longo dasemana, com tentativas de arrombamento. Mas a Secretaria de Segurança Pública informou que não teve nenhum registro de ocorrência por parte das pessoas responsáveis pelo imóvel. Uma das pichações diz "Marcelinho inocente!!!", contrariando a principal tese da polícia - de que seja o autor das mortes. 

Fonte:Jornal O Estado de S. Paulo

terça-feira, 13 de agosto de 2013

PISO SALARIAL DOS PROFESSORES AINDA É PROBLEMA EM ALGUMAS CAPITAIS DO PAÍS

LEI NÃO É PARA SER CUMPRIDA? E AÍ? 

Cinco anos após ser aprovada no Congresso, a lei que fixa condições mínimas aos professores de escolas básicas públicas não é cumprida em 12 das 27 capitais. Uma delas não paga o piso salarial e as outras 11 não concedem jornada extraclasse mínima.
A regra determina piso salarial de R$ 1.567 no ensino fundamental e médio (jornada de 40 horas semanais).
Também exige que o docente fique 1/3 do período fora das aulas, para preparação de atividades, por exemplo.
Levantamento da Folha com secretarias municipais de Educação aponta que em 11 capitais o período extraclasse é inferior ao exigido (Belém, Campo Grande, Cuiabá,Florianópolis, Maceió, Manaus, Natal, Recife, Salvador, São Paulo e Vitória). Em relação ao valor do salário, Macapá paga R$ 1.345 --menos que o piso, portanto.
A lei visa melhorar condições de trabalho dos docentes em atividade e atrair mais jovens para o magistério.
A maior dificuldade para se cumprir a regra da jornada extraclasse é que ela requer contratação de docentes, pois os professores já em atividade teriam de dar menos aulas.
Segundo a Undime, que representa secretários municipais de Educação, gestores buscam cumprir a regra, mas alegam falta de verbas.
"Todo mundo vai ter de ceder nesse processo", disse a presidente da Undime, Cleuza Repulho, referindo-se a prefeituras e sindicatos.

SANÇÃO
A lei não prevê sanção automática ao gestor que descumpra a regra. Ao sancionar a norma, o então presidente Lula afirmou que só cabe punição se comprovada a desonestidade do administrador.
Pesquisador da USP em direito administrativo, Gustavo Justino de Oliveira entende que a própria legislação sobre improbidade prevê punição a quem desrespeita lei como a do piso do magistério. Um passo necessário é o pedido do Ministério Público.
Já Carlos Ari Sundfeld, pesquisador da PUC e da FGV, vê como exagerada uma ação de improbidade em casos que não se caracterizem má fé. Diz, porém, que há respaldo legal para que docentes peçam cumprimento da lei.
Resolução do Conselho Nacional de Educação estabeleceu 2015 como prazo final de transição. A regra, porém, não tem força de lei.
Há divergências sobre o alcance da lei do piso. "Atividade intelectual, principalmente como a docência, exige reflexão e preparação", disse o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.
Já Ilona Becskeházy, consultora em educação, considera ser mais importante a definição de currículo claro para as escolas, melhoria nos materiais e infraestrutura.

Fonte: Folha. São Paulo

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

11 DE AGOSTO DIA DO ESTUDANTE

O dia do estudante 11 de agosto é um momento importante para discutirmos a realidade da educação brasileira, não devemos apenas homenagear os estudantes sem trazer em debate os problemas que a educação enfrenta hoje. A juventude vem expressando suas angustias indo as ruas para reivindicar sua insatisfação com as políticas públicas que infelizmente ainda não passa de uma utopia, não sai do papel, preso na burocracia do estado. Os governantes devem respeitar a sociedade e cumprir com os direitos das pessoas garantidos por Lei na Constituição brasileira.
O Brasil ocupa o 53º lugar em educação entre os países avaliados. Segundo o IBGE, temos ainda 731 mil crianças fora da escola, uma realidade vergonhosa para um país com um desenvolvimento sócio econômico visto como positivo. A educação no Brasil está a 100 anos de atraso em relação ao Uruguai onde as políticas educacionais são prioritárias na perspectiva que as demais políticas de desenvolvimento do país dependem primeiramente da educação.
Após 400 anos de Brasil surge a educação rural movido pela migração campo cidade, onde apontaram como um problema no cenário da época. Bem, conter essa migração era prioridade durante o Estado Novo, porém, a educação rural que nunca foi oferecida com qualidade. Hoje, essa educação que não era a esperada, se encontra em situação precário mais ainda, levando a juventude a abandonarem o campo gerando grandes problemas como, por exemplo, a sucessão na unidade produtiva da agricultura familiar, 40% das pequenas propriedades camponesas no Sul do Brasil não terá sucessor nos próximos anos. No último censo, mostra que apenas 8 milhões de jovens estão no campo, sendo 50% estão no nordeste, consequência da falta de política definida e especifica ao campo. “Não podemos calar por que as pedras gritarão”, o estado não vai sensibilizar por si só, temos que provocar todas as esferas políticas responsáveis em garantir a vida com dignidade para todos.
A educação é um direito do povo e dever do estado, fundamental para a formação social, profissional e cultural. Portanto, tanto o campo como a cidade precisa de políticas públicas que considere um projeto de desenvolvimento sustentável que seja antagônico ao modelo do desenvolvimento do latifúndio e do agronegócio. Aos estudantes e sociedade organizada, são vários os desafios na construção de uma educação necessária para o Brasil. Mobilizar, organizar e lutar para romper esse sistema educacional neoliberalista e imperialista que atrofia os processos de transformação social dos aspectos sociopolítico, cultural e econômico no Brasil.
Educador Popular: Josivaldo Moreira de Carvalho.
Referência Bibliográfica: SDE2013