quinta-feira, 30 de abril de 2015

Suspeitos de estuprar menores em Cavalcante continuam foragidos


A Polícia Civil montou uma força-tarefa para tentar cumprir sete mandados de prisão contra suspeitos de cometer estupros contra menores em Cavalcante, no norte de Goiás.

De acordo com o delegado Diogo Luiz Barreira, os crimes ocorrem entre 2008 e 2010. 

Na cidade, vivem cerca de 8 mil kalungas, que são descentes de quilombolas. Abusos cometidos contra crianças desta comunidade também são investigados.

"Não sei precisar se há ou não vítimas kalungas nesses casos. São crimes muito antigos. 

A informação que recebemos, inclusive, é que um dos suspeitos já até morreu", disse Barreira ao G1. Segundo o delegado, até a noite desta quarta-feira (29), nenhum procurado ainda havia sido preso.

Os grandes número de casos de abuso contra menores kalunga na cidade motivaram a realização de uma audiência pública para discutir os casos. 

No último dia 20, membros da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados se reuniram no município para colher informações sobre os crimes.

Além disso, uma decisão da Justiça divulgada na sexta-feira (24) condenou um jovem a 12 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo estupro de uma criança kalunga de 8 anos, que era sua enteada. Ele também terá que indenizar a vítima em R$ 20 mil. Cabe recurso.

Avanços

Para tentar resolver os casos de abusos, várias entidades estão tomando medidas emergenciais. 

A Polícia Civil já mandou uma caminhonete traçada para o município para que os agentes cheguem às comunidades mais isoladas. Além disso, uma escrivã e mais um agente irão atuar no local.

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) vai encaminhar uma equipe com psicólogos e assistentes sociais que atuarão no auxílio às vítimas. Um juiz corregedor também acompanha o andamento dos processos.

Já o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) fez um levantamento de todos os processos para saber o que já foi feito e quais encaminhamentos serão tomados nos processos parados.



Fonte: G1

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Organizadores da XXII Expoagro de Campos Belos divulga sua programação para 2015 com o mega show de Rio Negro e Solimões


O Sindicato Rural de Campos Belos, nordeste de Goiás, divulgou hoje a programação da XXII Exposição Agropecuária (Expoagro 2015).

O evento vai ocorrer entre os dias 8 e 12 de julho, no Parque de Exposição da cidade. 

Na programação, rodeio de touros e cavalos, exposição de animais, leilão de gado, venda de máquinas e implementos agrícolas, barracas, boate , escolha da rainha, cavalgada, gente bonita, badalação e um grande Bingão.

Nas atrações musicais, o grande show será com a prestigiada e simpática dupla Rio Negro e Solimões, que canta no sábado, dia 11 de julho.

Os shows começam na quarta-feira (8), com  Márcio Texano; na quinta-feira (9) será a vez de Gabriel Gava; Kit Ilusão agita a galera na sexta-feira (10) e Primos do Forró fecha a Exposição no domingo (12).


terça-feira, 28 de abril de 2015

Será o fim das lamparinas nas zonas rurais de Campos Belos e Cavalcante?

Governo anuncia que vai ampliar a eletrificação rural nestes dois municípios 


 “A escassez de energia elétrica na região, parcialmente inóspita, é um problema grave. 

Por isso levamos às cidades, como Cavalcante e Campos Belos, o presidente do programa Luz Para Todos, Aurélio Pavão, e o diretor de distribuição da Celg, Francisco de Assis, para verificar, presencialmente, o que ocorre na região. 

O governo federal liberou 29 milhões de reais e a Celg vai entrar com 4 milhões de reais para colocar eletrificação rural e beneficiar centenas de produtores rurais em três municípios.”

José Nelto afirma que em Cavalcante, “quando acaba a energia elétrica — fica-se sem energia às vezes por dois ou três dias —, também acaba a água e não se tem mais celular. 

Fica-se isolado do mundo. Por isso, planejamos levar representantes da Anatel e da Vivo à região”.

O deputado afirma que “as pessoas que moram em cidades grandes e de médio porte não têm noção precisa de que há regiões praticamente isoladas, com escassez de comunicação e outros benefícios”.

Fonte: Opção

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Morreu Ribamar Leite do Santos conhecido como BABÁ em Campos Belos.




Este domingo (26) amanheceu muito triste para a família Santos Leite, em Campos Belos. 

Ribamar Leite do Santos, conhecido carinhosamente na família como Babá, de 39 anos, foi encontrado morto na manhã de hoje. 

O corpo dele, muito ensanguentado, foi encontrado por transeuntes, por volta das 5h da manhã, na praça da rodoviária. 

A polícia foi acionada e a família avisada.  O corpo encaminhado ao IML e depois liberado pelas autoridades. 

As primeiras informações dão conta de que ele tenha morrido de traumatismo craniano, em virtude de uma queda, possivelmente, numa briga com um desconhecido. 

A polícia está em diligências e busca mais informações sobre as circunstâncias da morte de Babá, que era irmão de "Mazinho PM".

Ele também era primo deste blogueiro (o pai dele é era irmão do meu avô), do vereador Juranda, de Osmar Santos do Novo Foto, e de Valmir da Padaria. 

Babá também era primo de Messias da Celg, de "Marilde de Dedê"; de "Zé de Dino" e Cide Santos. 

O corpo está sendo velado na residência da mãe dele, localizado na Rua Sete de Setembro, centro da cidade. 

Neste momento de intensa dor, gostaria de externar, principalmente aos irmãos dele (Mazinho, Cida, Lidé e Neurir), nossos votos de pesar e profundos sentimentos pelo ocorrido. 

"Ter uma pessoa tão querida levada de nós de forma tão brusca e inesperada é algo que nos paralisa, e nos fazer sentir impotentes diante daquilo que o destino nos reserva.

Mas cada um de nós tem um missão, e se ainda estamos aqui, é porque a nossa missão ainda não está cumprida.  

Babá cumpriu a sua missão e se a sua missão era trazer alegria, paz, amizade, generosidade e trazer muitos aprendizados para os seus amigos e familiares, então ele cumpriu a sua missão com perfeição. Mas é impossível não lamentar a sua falta!

Que ela esteja em paz ao lado do Senhor", são os nossos votos.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

ASSASSINADO NA BAHIA ACUSADO DE HOMICÍDIO EM NOVO ALEGRE - TOCANTINS


O cigano Adarlan Silva Brito, conhecido por “Rogê”, foi assassinado com vários disparos de armas de fogo, na última quarta-feira (22/4), na cidade de Ibotirama (BA). 

Segundo informações de testemunhas, os autores estavam em dois carros, uma L-200 e outro não identificado.

Rogê foi morto na porta da própria residência. Ainda de acordo com testemunhas, eram cerca de 20 homens, que trocaram tiros com seguranças de Rogê. 

Três feridos estão no centro cirúrgico do HO, em Barreiras.

Adarlan era um dos homens mais procurados do Estado da Bahia e já esteve preso na cadeia pública de Bom Jesus da Lapa depois de ser procurado, durante um mês, por investigadores da 24ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Polícia) e policiais militares do Pelotão Tático Operacional da PM, ambos com sede em Ibotirama.  

Acusado da autoria de dois duplos homicídios, um na cidade de Cristópolis e outro em Xique-Xique, onde chegou a ser decretada sua prisão preventiva.

Segundo a polícia, Adarlan possui uma extensa ficha criminal, incluindo além dos homicídios e de tentativas de homicídio, receptação, porte ilegal de arma, ameaça e maus tratos a animais. 

Na época a prisão de Adarlan foi decretada pelo juiz Oclei Silva, da Vara Crime de Ibotirama.

Há cerca de 11 anos, em 2003,  Rogê Cigano foi indiciado pelo homicídio de João Rios, ocorrido em um Parque de Vaquejada em Novo Alegre, sudeste do Tocantins. 

Fonte: AMTLaze

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Conselheiras Tutelares de Cavalcante - Goiás, denunciam que estão recebendo ameaças de morte por causa das recentes denúncias de abuso sexual na cidade





As conselheiras tutelares de Cavalcante denunciaram à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara que estão sob ameaça de morte na cidade goiana, localizada a 300 quilômetros (km) de Brasília.

 As ameaças intensificaram-se após a divulgação de inquéritos policiais sobre casos de trabalho doméstico infantil, abuso e exploração sexual de meninas da comunidade quilombola Kalunga e da própria cidade.

Desde janeiro, a Polícia Civil de Goiás concluiu dez inquéritos sobre esse tipo de crime na cidade. Até agora, apenas um acusado de violações está preso. Um político local já teve a prisão solicitada pela polícia duas vezes, mas a Justiça não autorizou, ao alegar que faltam provas mais substanciais.

A conselheira tutelar Evanir Soares de Souza atendeu algumas meninas violentadas, contribuiu com as investigações e deu entrevistas sobre os casos de abuso e exploração sexual. Depois disso, recebeu ligações com ameaças de morte.

“Pediram para tomarmos cuidado com o que divulgássemos à mídia, porque se não teríamos consequência disso”, informou Evanir, durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos Câmara, promovida segunda-feira (20), em Cavalcante.

Segundo ela, a sede do conselho precisa de mais estrutura e segurança. “Após toda divulgação da mídia, a porta do conselho foi arrombada e sumiram vários relatórios. Alguns a gente recuperou no Ministério Público. Outros ainda estão faltando”, revelou a conselheira.

Ex-conselheira tutelar, Janaína Poek disse que as ameaças não são novidade em Cavalcante. Há três anos, quando ela já recebia denúncias de abuso sexual por parte de meninas quilombolas e não quilombolas, Janaína teve o carro depredado. Mesmo fora do conselho, ela continuou contribuindo com as investigações e incentivando as meninas a denunciar.

“É uma grande realização e um alívio ver autoridades públicas na cidade. A violência sexual contra meninas em nosso município é grave e se alimenta do nosso próprio silêncio”, lamentou Janaína.

“Não adianta tentar distorcer o que ocorre aqui dizendo que é disputa política. Não se trata disso. As meninas que denunciam são mal vistas por parte da comunidade, mas as pessoas esquecem que quem perdeu a infância foram elas. Isso não tem volta”, completou.

Além das conselheiras, educadores sociais e comunicadores de Cavalcante também afirmam ter recebido ameaças de morte depois da divulgação dos casos de trabalho doméstico infantil, abuso e exploração sexual. Educador social, militante do movimento negro e radialista, Joel Carvalho disse que já identificou pelo menos 60 casos na cidade.

“Você ouve essas histórias na escola, no açougue, boteco e no futebol. O problema é que a população não se levantava. Isso mudou. O que nos motiva é a indignação, revolta e o nível de impunidade. Não aguentamos mais”, acrescentou Joel. Durante a audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, ele defendeu a presença da Polícia Federal na cidade.

“Quem garante a vida das meninas, lideranças e pessoas que participaram da audiência? Queremos respostas. Sou homem, mas posso assegurar que ser mulher em Cavalcante é um dos maiores desafios da história recente do Brasil”, concluiu Joel Carvalho.


Fonte: Agência Brasil/EBC

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Polo de Campos Belos inicia a oferta de cursos à distância

Câmpus Campos Belos do Instituto Federal Goiano ( IF Goiano ) iniciou neste primeiro semestre de 2015 a oferta de cursos técnicos na modalidade EaD (Ensino à Distância). Os polos existentes nas cidades de Divinópolis, Cavalcante, Teresina de Goiás e Colinas do Sul, antes ligados ao Câmpus Ceres, agora estão ligados ao Câmpus Campos Belos.
Na cidade de Campos Belos foi criado um polo de educação à distância, mostrado-se muito eficaz no atendimento à região nordeste de Goiás e Sudeste do Tocantins. Alunos de Monte Alegre de Goiás, Arraias, Novo Alegre, Combinado, Lavandeira e até mesmo de Aurora do Tocantins foram aprovados no processo seletivo e estão frequentando as aulas normalmente. 


Os cursos oferecidos para o polo de Campos Belos neste ano foram os de Administração, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho. A princípio foram ofertadas apenas 40 vagas para cada curso, totalizando 120 vagas para todo o polo, mas devido ao grande número de inscritos no processo seletivo esse número foi dobrado. Desta forma, totalizamos um número de 240 (duzentos e quarenta) alunos matriculados no polo de Campos Belos. Os encontros presenciais destas turmas ocorrem uma vez por semana às 19h no polo, localizado no mesmo endereço do Câmpus Campos Belos. Além das vídeo-aulas os alunos recebem o suporte de um coordenador de polo e de dois tutores presenciais, além dos tutores à distância que os auxiliam nas atividades realizadas pela plataforma Etutore.
Segundo o Coordenador Regional de Educação à Distância do Câmpus Campos Belos, prof. Fabiano Rodrigues de Sousa, a oferta desses cursos será de grande importância não só na formação pedagógica, mas também na qualificação profissional de muitos destes alunos. Muitos já estão no mercado de trabalho em empresas (públicas e privadas) que possuem planos de carreira, e com isso, ao ter esta nova formação, podem se destacar profissionalmente. Além daqueles que buscam sua primeira formação. “Os cursos foram tão bem aceitos pela população que até empresários consolidados na cidade participaram do processo seletivo e estão frequentando as aulas semanalmente”, afirma o coordenador regional.
Ao todo, considerando-se todos os polos ligados ao Câmpus Campos Belos, estão sendo ofertados os cursos de Administração, Eventos, Finanças, Informática para a Internet, Logística, Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Serviços Públicos. Todos esses cursos estão presentes no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do Ministério da Educação (MEC).
Para o ano de 2016 existe a possibilidade de novos cursos serem ofertados nesta modalidade, mas eles ainda serão definidos por meio de audiências públicas em toda a região, já que a principal intenção é atender às demandas existentes.
    


 Fonte: www.ead.ifgoiano.edu.br

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Alunos do Câmpus Campos Belos visitam Reitoria do IF Goiano em viagem à Tecnoshow 2015 Rio Verde


Alunos do curso técnico em Informática do Câmpus Campos Belos do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) visitaram a sede da Reitoria da Instituição na tarde da terça-feira, 14. A visita faz parte de viagem dos discentes à Tecnoshow 2015, em Rio Verde.
O grupo, composto por 32 alunos e 3 servidores da unidade, conheceu as instalações do Data Center da Reitoria e conversou um pouco com o reitor da Instituição, Vicente de Almeida, antes de seguir viagem para Rio Verde. A programação contará também com palestra e visita guiada ao Câmpus Rio Verde, além de visita às dependências da Tecnoshow, ambas realizadas na quarta-feira, 15. 
“Estamos trabalhando para que as instalações definitivas do IF Goiano – Câmpus Belos fiquem prontas o mais rápido possível. Estamos trabalhando em um processo de licitação para a finalização da estrutura”, informou o reitor da Instituição aos alunos no encontro.
 


Fonte:Coordenação-Geral de Comunicação Social e Eventos

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Possíveis casos de escravidão sexual no município de Cavalcante será investigado pelo governo federal


"Uma investigação conduzida pela Polícia Civil de Cavalcante (GO) e divulgada no último dia 12 de abril de 2015 pelo jornal “O Correio Braziliense” tem revelado graves violações de Direitos Humanos contra crianças e adolescentes de comunidades quilombolas.

As meninas kalungas são entregues pelos pais às famílias de Cavalcante para que possam frequentar a escola, e assim, são submetidas à escravidão sexual, segundo apontam os inquéritos. 

Geralmente, elas se tornam empregadas domésticas nas casas de classe média da cidade, recebendo alimentação e um lugar para dormir em troca dos serviços prestados, tendo a oportunidade de frequentar a escola nas horas vagas.

Em busca de um futuro melhor para suas filhas, muitos kalungas são levados a enviá-las para a cidade, tendo em vista que lá podem frequentar a escola e ter um trabalho remunerado. Contudo, a busca desse sonho tem um alto custo, marcado pelo comprometimento físico e emocional das crianças.

Este é um retrato lamentável de inúmeras regiões do Brasil onde o Estado parece não estar presente. 

Isso porque, primeiramente, as comunidades kalungas carecem de acesso para que possam enviar seus filhos à escola sem que estes tenham que abandonar o convívio familiar; situação essa que  se caracteriza como  violação dos  direitos garantidos pela Constituição da República Federativa do Brasil em seus artigos 6º (direitos econômicos, sociais e culturais), 7º, IV (direito ao salário, à moradia, e à educação) e 205 (direito à educação) e, secundariamente, porque quando as violações ocorrem o prejuízo às vítimas já é irreparável, sem falar da necessidade de enfrentamento do poderio econômico e político dos violadores.

Conforme destaca o jornal “O Correio Braziliense”, os inquéritos abertos até o presente momento foram motivados pela troca de pessoal da delegacia de Cavalcante que começou a desengavetar as ocorrências de estupro de vulnerável.

A enorme dificuldade que se põe no sentido de cumprir da lei e punir violações no Brasil, encontra respaldo em uma cultura do cabresto, na qual o colonialismo presente nas regiões mais longínquas do país mantém as vítimas amordaçadas e a justiça em completa inércia.

Contudo, o Estado brasileiro pode ser penalizado em âmbito internacional pela negligência ou omissão do sistema de justiça interno, tendo em vista que é signatário de uma gama de documentos internacionais, tais como a Convenção de Belém do Pará, a Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969 e Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher de 1979.

Assim, em que pese no Brasil a presença do colonialismo ainda obste a correta aplicação da lei, estas violações de Direitos não podem permanecer silentes e impunes. 

A sociedade civil organizada deve se articular em torno da denúncia e da publicidade dos casos nos quais ela é permitida, a fim de viabilizar uma perspectiva de justiça possível para as vítimas e a busca por um sistema de justiça mais íntegro pela sociedade.

O Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH) repudia os atos de violência praticados em Cavalcante (GO) e endossa uma perspectiva de direitos como a descrita acima, sobretudo no que se refere à proteção de mulheres, crianças e adolescentes, no encalço da realização da justiça às vítimas e do respeito aos Direitos Humanos pelas autoridades brasileiras."

Assina: Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH)

quarta-feira, 8 de abril de 2015

PAMONHARIA DE GOIÃNIA VOLTA A FUNCIONAR FAZENDO HOMENAGEM A EX - FUNCIONÁRIA MARIZETE

A pamonharia onde trabalhava a cozinheira Marizete de Fátima Machado, 53 anos, morta após ser baleada e queimada, foi reaberta nesta quarta-feira (8), no Jardim América, em Goiânia. Os proprietários do estabelecimento prestaram homenagem à ex-funcionária, assassinada após uma suposta disputa comercial. “Marizete, temos certeza que você foi um mártir com sua força para livrar as pessoas da morte”, diz um cartaz com uma foto da mulher.

O proprietário do estabelecimento afirma que ainda busca outra funcionária para substituir Marizete, mas já pretende voltar a servir as refeições. Ela trabalhou no local por nove anos e era tida como da família pelos patrões. “O que não podia acontecer, já aconteceu. O passado não pode ser mudado, a gente tem que olhar para frente e prosseguir”, afirma Maria Helena da Silva Campos, uma amiga da cozinheira.

O crime aconteceu no dia 29 de março, quando Marizete saía do trabalho e foi obrigada a entrar em um carro. Ela foi levada até um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana, onde foi baleada e queimada.
Mesmo ferida, Marizete caminhou cerca de 2 km e conseguiu pedir ajuda. Ela teve mais de 40% do corpo queimado e morreu após dois dias internada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

A Polícia Civil finalizou o inquérito sobre o caso na terça-feira (7) e indiciou a comerciante Sueide Gonçalves da Silva, 56 anos, e o filho dela, o também comerciante Willian Divino da Silva Moraes, de 28 anos, pelo crime. Eles são donos de uma pamonharia que disputava clientes com o estabelecimento onde a vítima trabalhava. Para a polícia, essa briga comercial motivou o assassinato.

Entretanto, Sueide afirmou que cometeu o assassinato porque, segundo ela, Marizete era “feiticeira”. “Ela matou minha mãe em uma obra de feitiçaria. Eu a odeio. Ela matou a minha mãe”, disse.

Prisão


Antes de morrer, Marizete apontou Sueide e o filho dela como os autores do crime. A comerciante foi presa no dia seguinte ao homicídio. Já Willian foi preso na quinta-feira (2), em Quirinópolis.


Em um vídeo divulgado pelo Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), ele contou que a mãe foi a responsável pelo homicídio. “Eles ameaçavam minha mãe de morte. Todos os dias ficavam implicando. Minha mãe deu os tiros nela [vítima] e colocou fogo”, disse.

Ele também revelou que, após o crime, jogaram a arma no Rio Meia Ponte e abandonaram o veículo na cidade de Corumbá. Depois disso, o rapaz foi de táxi até a casa de parentes, onde ficou escondido.

Incêndio


Na sexta-feira (3), o Corpo de Bombeiros foi acionado para combater um incêndio na casa e na pamonharia de Sueide e Willian. Filho da cozinheira morta, Douglas Vinicius Machado de Abreu, 24 anos, confessou que incendiou local.


Chorando, ele lamentou a perda da mãe e afirmou que não é criminoso. “Todo mundo que está vendo na televisão sabe o que eu estou passando. Você acha que eu fiz isso porque sou bandido, malandro? Não! Foi por justiça”, desabafou. Detido em flagrante próximo do local incendiado, ele pagou fiança de um salário mínimo e deixou o 20º Distrito Policial no mesmo dia.


Fonte: g1.goias