Higor
destaca aprendizado com a moral dada por Fred, Deco e Edinho
Revelação
das divisões de base do Fluminense, o meio campo Higor, natural de Campos Belos
(GO), comemora o convívio com os medalhões da equipe principal.
De acordo com o jovem meia, os mais
experientes lhe dão muita moral e ele ganha muito em aprendizado com atletas do
calibre de Deco, Fred e Edinho.
- Os
caras são “resenha”, viu? Na base é resenha para cá, resenha para
lá.
Mas no profissional é muito mais.
Quando cheguei, pensei que eles não me dariam nenhuma moral. Mas me acolheram
bem.
Sempre converso com o Fred e com o
Deco e espero aprender com eles, pois são os melhores do futebol
brasileiro.
O Edinho é o mais brincalhão, comédia.
"Ele está em todas as brincadeiras", disse.
De carona, Higor poderá, inclusive, e
ainda muito jovem sagrar-se campeão brasileiro logo de cara. É esperar o
confronto com o Galo mineiro e torcer por suas boas
atuações.
Na seleção
Brasileira, é conhecido como primo de Kaká
As celebrações foram distantes, quase
sem relação entre si. O mês de outubro, no entanto, foi de festa na família
Leite.
Na Europa,
Kaká festejava o
retorno em grande estilo à seleção brasileira, com gols sobre Iraque e
Japão.
Já no Brasil, seu primo de segundo
grau, de 19 anos, com quem nunca sequer falou, era chamado pela primeira vez
para uma seleção de base da CBF.
Convocado
para um período de treinos na Granja Comary visando o Sul-Americano da
categoria, em janeiro, na Argentina, Higor, do Fluminense, não conhece o parente
famoso, apesar de tê-lo como inspiração para um futuro. A posição é a mesma, e
os planos, ousados.
Não tenho
contato com o Kaká. Nunca conversamos. Já falei com o pai dele. Meu pai (Carlos
Alberto) é primo dele.
Meus pais falam por telefone com os
pais do Kaká, mas não com tanta frenquência. O cara voltou voando para a
Seleção. Bem demais.
Ele é muito bom, já foi o melhor do
mundo. Me espelho nele. Espero que a minha carreira seja igual a dele. O Kaká
foi o melhor do mundo. Eu também posso ser. Está nas mãos de Deus – disse
Higor.
Apesar dos planos ambiciosos para a
carreira, Higor, que nasceu em Campos Belos na Região Nordeste do Estado de Goiás, é tímido.
Antes de conversar com a reportagem do
GLOBOESPORTE.COM, foi logo avisando, com um jeito sem graça, porém,
simpático.
- Não gosto muito de entrevistas. Sei
lá, simplesmente não gosto.
Higor
foi convocado pela primeira vez para a Seleção
(Foto:
Rafael Ribeiro / CBF)
É bom, no entanto, Higor ir se
acostumando aos jornalistas.
Sua ascensão meteórica em 2012 leva a
crer que o meia terá de conviver por muitos anos com o assédio. Em pouco mais de
um ano, uma reviravolta na carreira.
Dispensado pelo Inter – de quem não
esconde mágoa - após três anos de serviços à base colorada, foi levado ao
Fluminense por um ex-profissional do Colorado que foi trabalhar no clube
carioca.
Falaram que não queriam mais contar comigo. Vim para o Rio. Depois, quiseram me
levar de volta, mas eu quis ficar no Fluminense.
No Tricolor desde abril de 2011, logo
se encontrou. Em janeiro, foi um dos destaques do time que chegou à decisão da
Copinha.
Em junho, ajudou os juniores do
Fluminense a conquistar o título Carioca, marcando 15 gols – um deles, de falta
(sua especialidade), na final contra o Nova Iguaçu.
- Sou um meia que chega muito para
finalizar, tenho uma bola parada forte. Gosto de fazer gols. Hoje, meia precisa
fazer gols.
O cara voltou voando para a Seleção. Bem demais. Ele é muito bom, já
foi o melhor do mundo. Me espelho nele. Espero que a minha carreira seja igual a
dele. O Kaká foi o melhor do mundo. Eu também posso ser. "
Higor, sobre o primo Kaká
Com o título estadual e o retorno de
Lanzini ao River Plate, Higor foi promovido aos profissionais pelo técnico Abel
Braga.
Com contrato até dezembro de 2014,
recebeu um reajuste salarial e se mudou para Copacabana com a família, após
passar um ano sozinho em Xerém, no Centro de Treinamento da base do Fluminense.
Promessa de dias melhores.
- Morei por um ano em Xerém. Viemos eu
e Deus. Minha família ficou em Goiás torcendo por mim. Mas agora está tudo
certo.
Estou morando em Copacabana com meus
pais. Vai melhorar. Com a comidinha da mamãe, vai ficar legal
(risos).
Na seleção sub-20, Higor marcou um gol
na goleada por 7 a 1 sobre o Madureira, em jogo-treino na Granja Comary, no
último domingo, e recebeu elogios do técnico Emerson Ávila.
-
O Higor já faz parte do elenco profissional do Fluminense e tem muita qualidade.
Espero que continue evoluindo e, quem sabe, possa estar conosco na lista final
para o Sul-Americano – elogiou o treinador.
Pelo
profissional do Flu foram cinco jogos
(Foto:
Bruno Haddad / FluminenseFC)
O sonho de estar na lista para o
Sul-Americano sub-20 é real. Antes, porém, Higor busca outra realização: o
título brasileiro de 2012, seu primeiro como profissional.
Na competição, o meia disputou cinco
partidas – geralmente entrando na fogueira, em jogos complicados. Ainda não fez
gol, mas mostrou potencial.
-
Daqui, ficou acompanhando e torcendo pelos companheiros. A vontade de estar lá
ajudando é grande.
O Abel confia nos garotos da base. E
estamos correspondendo à altura. Por isso, ele nos coloca para jogar. Em alguns
jogos, não sou relacionado. Mas está bom. Só o fato de estar no profissional do
Fluminense é uma coisa maravilhosa.
A
timidez, garante, também não atrapalha a convivência com as estrelas do
Fluminense.A convocação final
será para o Sul-Americano será no início de dezembro. O grupo se apresenta no
dia 10 na Granja Comary para iniciar a preparação. O torneio, que será realizado
nas cidades de San Juan E Mendoza, na Argentina, começa no dia 9 de
janeiro.
Fonte: Globo
Esporte