A cidade de Campos Belos completa neste 1º de outubro 59 anos de fundação.
Apesar de não
ter nenhuma festa oficial programada, dezenas de moradores veem
relembrando a data e demonstrando o seu carinho pela cidade através das
mídias sociais.
História
História
As terras de Campos Belos eram fazendas dentro do município de Arraias.
Em
1893, Círiaco Antônio Cardoso, ajudado por Maria Prima Gasparino
Pinheiro, fazendeiros vizinhos, constroem uma capela para Nossa Senhora
da Conceição.
A
providência de se ter uma capela para congregar atendia aos interesses
dos moradores da região, entre eles famílias tradicionais formadas por
descendentes de portugueses.
Três
dessas famílias tiveram participação ativa na criação da cidade. Os
Cardoso, os Costa Madureira, da qual Maria Prima fez parte e os Batista
Cordeiro. Logo o lugar foi elevado à condição de vila e depois
distrito.
Campos
Belos foi ainda integrado ao Município de Monte Alegre de Goiás, na
época chamado de Chapéu, antes de ser emancipado em 1º de Janeiro de
1954.
O primeiro nome do lugar
foi Almas, o mesmo da fazenda de origem. Segundo consta, um frei
dominicano de passagem pela região, encantado com a planície cortada por
córregos e cercada por morros, dando o aspecto de muralhas, sugeriu a
mudança do nome para Campos Belos.
Como primeiro prefeito eleito Campos Belos teve Francisco Xavier, comerciante baiano e morador antigo do lugar.
O primeiro líder municipal, Temístocles Rocha, foi nomeado até as eleições acontecerem.
Campos Belos teve desde seu começo a presença de grupos religiosos distintos.
O lugar surgiu em volta da capela, católica, de Nossa Senhora da Conceição, mas na década de 1930 o povoado ganhou protestantes membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com a chegada de Agripino Almeida e sua família.
Agripino e Liciria,
mesmo sendo protestantes, ocuparam importantes cargos públicos, como
delegado e vereadora, o que demonstra a aceitação dos campos-belenses
por outros grupos religiosos desde o começo da cidade.
Na final da década de 1940 o missionário norte-americano Blonnye Holmes Foreman nascido em Rose Bud, Arkansas, EUA em 1899 e membro da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos a convite de Francisco Cardoso (Chiquinho Cardoso), construiu na cidade a Escola Batista, uma instituição de ensino privada.
Conta a história que
Foreman foi enterrado do lado de fora do cemitério, que na época
situava-se onde hoje se localiza a Rua do Comércio, por não ser batizado
na religião Católica, fato jamais comprovado.
Hoje a importante rua B.
H. Foreman abriga as sedes regionais das principais empresas
prestadoras de serviços públicos, como as companhias de eletricidade,
água e esgoto do estado (CELG e SANEAGO), e os Correios.
Anos depois Campos Belos recebe outro morador ilustre, Alain du Noday, ou, Alain Marie Hubert Antoine Jean Roland du Noday, nascido em Saint-Servant, França em 1899; bispo, soldado da 1º guerra-mundial, que se refugiu no interior do Brasil auxiliando os pobres.
Pertencia à diocese
de Porto Nacional, mas morou muitos anos em Campos Belos, sendo
responsável por construir a igreja Matriz que existe até hoje.
Graças à sua influência a
arquitetura da igreja foi importada da Alemanha e não possui as
típicas colunas das igrejas mais antigas. Universidade, colégios e
estabelecimentos comerciais da cidade ainda homenageiam o religioso com o
seu nome.
Com a construção de Brasília na década de 1950 e sua inauguração em 1960, toda a região desenvolveu-se.
No fim da década de 70
passou a contar com agências bancárias e no início da década de 80 foi
integrada, pela Telebrasília, à telefonia nacional.
A Constituição brasileira de 1988 dividiu Goiás ao meio.
Campos Belos passa então
a ser município de fronteira interestadual; com isso seu comércio
desenvolveu-se espantosamente na década de 1990 e 2000, já que a cidade
passou a atender a população do novo estado que não possuía
infraestrutura comercial própria.
Com a construção de Palmas, a cidade passou a ser também roteiro alternativo de acesso ao norte do país.
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