O FBI (órgão governamental da área de segurança dos Estados Unidos) teria se aliado a um hacker de pseudônimo "Sabu" para realizar sofisticados ataques virtuais a sites do governo brasileiro, assim como de outros 29 países em 2012.
As revelações foram feitas nesta quarta-feira (01) por reportagem do jornal Daily Dot.
As revelações foram feitas nesta quarta-feira (01) por reportagem do jornal Daily Dot.
Em conversas vazadas
pelo jornal, o hacker comemora o sucesso de invasões a 287 sites
governamentais e não governamentais brasileiros, incluindo de oito
prefeituras. Segundo o site, as informações foram obtidas por meio de
“registros de conversas online e de outros documentos”.
Elas confirmam e aprofundam dados divulgados pelo New York Times em abril, citando o Brasil e outros seis países como alvos.
Elas confirmam e aprofundam dados divulgados pelo New York Times em abril, citando o Brasil e outros seis países como alvos.
Nenhuma das reportagens
confirma que o FBI tenha ordenado os ataques, no entanto, afirmam que
Sabu, que na verdade é Hector Xavier Monsegur, trabalhou como informante
durante este período.
Sabu trabalhava junto
com o também hacker Jeremy Hammond. Juntos, eles alvejavam bases de
dados para obter dados privados, como nomes de usuário e senhas, além da
atividade financeira de cidadãos não americanos, incluindo agentes do
governo de outros países.
A juíza Loretta Preska,
que cuida do caso no qual Hammond confirmou ter trabalhado para o FBI,
ordenou que os nomes dos Estados alvos não fossem revelados.
As informações obtidas pelos hackers eram
então enviadas para servidores do FBI. Segundo as conversas publicadas
pelo Daily Dot, em que Hammond tem o pseudônimo de “yohoho” e Monsegur
de “leondavidson”, feitas pelo bate-papo do software IRC, eles planejam e citam ataques a diversos sites governamentais brasileiros.
Na conversa, Monsegur
cita o “time brasileiro”, que seriam os hackers locais que faziam parte
da AntiSec, grupo dissidente do LulzSec e ao qual ambos faziam parte na
época.
Durante as conversas eles comemoram o sucesso dos ataques a sites do governo e privados brasileiros, totalizando 287 ataques, incluindo o de algumas pequenas prefeituras como Alexandria (RN), Canhotinho (PE), Couto de Magalhães de Minas (MG), Iati (PE), Indianópolis (MG), Japeri (RJ), Manari (PE) e São João d’Aliança (GO).
Durante as conversas eles comemoram o sucesso dos ataques a sites do governo e privados brasileiros, totalizando 287 ataques, incluindo o de algumas pequenas prefeituras como Alexandria (RN), Canhotinho (PE), Couto de Magalhães de Minas (MG), Iati (PE), Indianópolis (MG), Japeri (RJ), Manari (PE) e São João d’Aliança (GO).
Entre os sites que foram alvos dos ataques, todos tinham em comum uma vulnerabilidade por usar o software de hospedagem na web Plesk, da Parallels. Após os ataques iniciais de Monsegur e Hammond, o hacker brasileiro “Hivitja” ficou responsável por dar continuidade às invasões.
Entre elas, a do site edglobo.com.br, da Editora Globo, comemorado por Monsegur por ser “grande”.
Outros países que também
foram alvo dos ataques do grupo estão: África do Sul, Arábia Saudita,
Argentina, Albânia, Austrália, Bélgica, Bósnia, Eslovênia, Filipinas,
Grécia, Holanda, Índia, Irã, Iraque, Kuwait, Laos, Líbano, Líbia,
Malásia, Maldivas, Nigéria, Papua-Nova Guiné, Paraguai, Porto Rico,
Reino Unido, Sudão, Trinidad e Tobago, Turquia e Yemen.
O hacker Sabu é
conhecido por ser um dos fundadores do grupo LulzSec, que realizou
ataques a sites como Nasa, News Corp, Stratfor e outros. Ele permaneceu
sete meses preso e recebeu liberdade condicional no meio deste ano.
Fonte: CanalTech
Nenhum comentário:
Postar um comentário