“Ao anunciar, no início do governo, o aumento da gratificação dos diretores, nós demos sinalização de que queríamos valorizar as pessoas que conduzem a educação no Estado durante todo este governo”, disse na tarde de hoje o governador Marconi Perillo, em reunião com o secretário da Educação, Thiago Peixoto, e subsecretários da área, para explicar todos os passos que foram dados ao longo do ano de 2011 no intuito de que a educação pública do Estado fosse reformulada. Ele começou por lembrar as dificuldades enfrentadas, esclarecer as medidas tomadas por necessidade, e traçar estratégias para que o planejamento seja bem sucedido.
Ao aludir às dificuldades enfrentadas no setor, Marconi lembrou a inclusão do piso salarial dos professores com aumento em referência ao nacional, em votação na Assembleia Legislativa. “Em 2011 enfrentamos muitos desafios, mas conseguimos iniciar o processo de reformulação na área da educação, de modernização da metodologia, o que conceituamos de Pacto Pela Educação. Tivemos que enfrentar o problema do piso, mas viramos essa página, cumprimos esse compromisso. Quando o secretário Thiago nos informou que poderia haver mudanças em relação ao piso, nos antecipamos e na autoconvocação já incluímos o aumento do piso em Goiás acima do piso nacional. Agora, teremos outros desafios pela frente”, disse.
Ele enfatizou a última meta do governo na área, anunciada recentemente, a reformulação do programa Reconhecer, de valorização do professor, lançado em setembro, que teve seu valor aumentado. A partir de agora, os professores receberão bônus no valor de R$ 2 mil, em duas parcelas, uma em julho e outra em dezembro. Os que cumprirem carga horária semanal de 60 horas receberão bônus de R$ 3 mil, também em duas parcelas. Desde que foi criado, o programa beneficiou 11 mil professores. O intuito agora é que 26 mil sejam atendidos com a bonificação. A novidade é que as novas regras permitem abranger não só os professores, mas todo o grupo gestor, formado por diretores, coordenadores pedagógicos e tutores. Além da assiduidade, os professores deverão apresentar ainda planejamento quinzenal das aulas.
O governador disse aos presentes que a reunião era de agradecimento pelo trabalho realizado por eles em 2011 e com intuito de que os subsecretários levem a mensagem aos servidores da educação que ainda têm dúvida quanto à eficácia do trabalho. “Gostaria que vocês levassem essa mensagem a todos os diretores em cada uma das secretarias e aos professores, e os convencessem de que estamos aqui buscando construir alternativas que garantam melhorias significativas, valorização da carreira de cada um, e mudanças decisivas para educação em Goiás. Não vai adiantar nada o nosso esforço, se nas próximas avaliações do Estado e do MEC não tivermos desempenhos consideráveis dos nossos alunos. As avaliações é que dirão se esses esforços terão valido a pena, se estão correspondendo às nossas expectativas”, afirmou.
Ele elogiou o trabalho de Thiago Peixoto e agradeceu o secretário por ter entendido as limitações do Estado no ano passado. “Quero reconhecer o papel do secretário Thiago na condução de políticas de mudanças na educação. Durante todo esse período, o secretário Thiago não agiu com o objetivo de se projetar politicamente, ele levou em consideração os aspectos financeiros e a realidade vivida pelo Estado. Ele se comportou como homem de Estado, compreendeu as dificuldades vividas pelo governo de maneira geral, e entendeu que não era parte isolada do processo. Graças a essa lisura, à sensatez do Thiago, conseguimos atravessar o ano de 2011. Não sei se qualquer um teria tido a lucidez e o espírito público que ele teve”, reforçou.
Em agradecimento a toda equipe da educação, detalhou a dificuldade financeira do Estado para explicar os cortes realizados. “Ano passado tínhamos um déficit projetado, incluindo o déficit do ano anterior, de R$ 2,7 bilhões, e graças à criatividade da equipe e aos cortes, às economias que fizemos, é possível que cheguemos a próximo de zero de déficit do ano passado, talvez até a um pequeno superávit. Graças a vocês que foram compreensivos em relação à situação difícil pela qual passava o Estado. Vocês souberam conduzir esse período que, na minha opinião, foi o mais difícil que atravessamos. Tínhamos de cumprir o piso, mas isso não seria possível se não fizéssemos alterações na lei. Uma coisa era cumprir um pacto de R$ 200 ou R$ 300 milhões, e outra de cumprir de R$ 800 milhões. Tínhamos a obrigatoriedade do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, cumprimento do ajuste fiscal, e ao mesmo tempo a responsabilidade que tínhamos de garantir equilíbrio orçamentário e financeiro ao Estado”, lembrou.
O governador reforçou o objetivo de valorizar os servidores que se destacam em suas funções. “O que norteia o nosso trabalho no Estado é fazer justiça aos que trabalham, valorizar os que realmente se esforçam para mudar a qualidade de ensino no nosso Estado. A meritocracia veio para ficar. Queremos focar no mérito, e para isso o trabalho de vocês será imprescindível. Graças aos 25% que aplicamos na educação em Goiás, conseguimos carregar nas costas todas as despesas correntes”, disse.
“Gostaria de tê-los como grandes parceiros nossos. O que precisarem dizer, digam a mim e ao secretário Thiago. Conversem comigo pelas redes sociais e podem chegam a mim pessoalmente”, completou. O governador disse que serão ofertados mais prêmios aos servidores da educação. “Esse não será o único prêmio para professores e servidores pelo desempenho nas escolas. Teremos muitas outras formas de prestigiar e valorizar o professor pelo desempenho. Tenho certeza de que até o final deste ano a maioria dos professores, servidores, compreenderá o processo que efetuamos a partir de agora. Fomos nós que criamos o plano para os professores, então agora só queremos melhorar aquilo que criamos. Garantir avanços no salário base dos professores e a aplicação do piso nacional aqui no Estado. Daqui para a frente, temos muitos avanços, quer por conta do processo meritocrático, quer por conta de outra leva de ações que faremos a partir de agora. O fato é que não vamos sair do governo deixando os servidores da educação sem terem ganhos consideráveis. Vamos terminar o ano de 2014 proporcionando a essa geração de professores, à geração anterior e às gerações futuras, dignidade e respeito à carreira de cada um”, ressaltou o governador Marconi.
