domingo, 14 de julho de 2013

NORDESTE GOIANO SERÁ CONTEMPLADO COM O PROGRAMA MAIS MÉDICOS

Foto: Márcia Sousa

Municípios da região metropolitana de Goiânia, do Entorno do Distrito Federal (DF) e da Região Nordeste de Goiás terão prioridade no recebimento de médicos por meio do programa lançado na segunda-feira pelo governo federal.
 A lista com 23 localidades prioritárias foi divulgada ontem pelo Ministério da Saúde, mas todas as prefeituras poderão pleitear profissionais. 
Os três editais para médicos, para a adesão dos municípios e para selecionar as universidades  públicas que atuarão como instituições supervisoras também foram lançados ontem.

Nove cidades listadas ficam no Entorno do DF, oito no Nordeste Goiano e cinco na região metropolitana de Goiânia. Completa a lista a cidade de Montividiu no Norte, situada na divisa com Tocantins. Apesar de também ter municípios sem nenhum médico residente, as Regiões Sul e Sudoeste de Goiás não terão preferência.

O critério para escolha das localidades foi baseado na quantidade de médicos por grupo de 100 mil habitantes, na vulnerabilidade social do município, na população com mais de 80 mil habitantes com receita baixa per capita e no fato de abrigar algum dos 25 distritos sanitários especiais indígenas existentes no Brasil. A jornada será de 40 horas semanais trabalhadas 
no serviço de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), sob a supervisão de  instituições públicas de ensino.

Prefeito de Cavalcante, João Pereira da Silva Neto (PTC) vai aderir ao Programa Mais Médicos. O município é um dos escolhidos como prioritário pelo governo federal. “Trazer médicos para uma região como a nossa tem custo altíssimo. Não é qualquer profissional que quer vir”, afirma. De acordo com ele, o isolamento do Nordeste Goiano afasta os médicos.“É complicado cuidar da saúde aqui. A região é muito grande e montanhosa, com acesso e tráfego difíceis. A população da zona rural tem resistência em fazer tratamento”, completa o prefeito. João Neto acha que nem mesmo a bolsa no valor de R$ 10 mil será suficiente para atrair os médicos para o Nordeste Goiano. Ele afirma que as prefeituras  terão de pensar em contrapartidas, como complementos ao valor pago pelo governo federal para assim conseguirem “segurar os profissionais”.A primeira chamada será para profissionais formados no Brasil ou no exterior, desde que aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). Na sequência serão convocados médicos brasileiros formados no exterior, mas
 sem aprovação no Revalida. As vagas que ainda sobrarem serão preenchidas por estrangeiros.

Profissionais vão receber ajuda financeira para deslocamento 

Os médicos que forem trabalhar em regiões carentes de profissionais receberão um auxílio financeiro para se deslocarem. Em Goiás, a ajuda de custo será de R$ 20 mil, valor que será  pago pelo governo federal. Esse montante não interfere na bolsa de R$ 10 mil mensais, mas não será contínuo. O pagamento ocorrerá em duas parcelas. O complemento financeiro  consta da medida provisória que cria o Programa Mais Médicos, publicada ontem no Diário Oficial da União.

Os profissionais que forem para a Região Norte receberão o auxílio deslocamento no valor de R$ 30 mil e aqueles deslocados para áreas pobres de regiões metropolitanas receberão  R$ 10 mil. Em contrapartida, as prefeituras terão de construir, reformar ou ampliar as unidades básicas de saúde. Para isso, os gestores municipais poderão acessar recursos disponibilizados pelo Ministério da Saúde, via edital. A adesão dos municípios pode ser feita até 22 de julho.

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