quarta-feira, 12 de novembro de 2014

CHIKUNGUNYA CHEGA À CAMPOS BELOS NO NORDESTE GOIANO



Em Goiás, já foram registrados 12 casos de 
Chikungunya  (9 de Goiânia, 1 em Anápolis, 1 Cezarina, 1 Campos Belos); 2 descartados; 2 confirmados (viagem para Guiana Francesa e países do Caribe);8 em investigação.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) promove nesta semana a Capacitação em Chikungunya com objetivo de repassar aos técnicos de Saúde dos 246 municípios goianos informações sobre reconhecimento da doença, tratamento e combate ao mosquito transmissor - Aedes Aegypt. 

O curso será realizado na Escola de Saúde Pública Cândido Santiago, das 8 horas às 18 horas e os participantes serão divididos em duas turmas.

Na capacitação será apresentado o perfil epidemiológico da doença no Brasil e no mundo, e também em Goiás. 

Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, foram confirmados 1.750 (100%) de casos autóctones (naturais da região ou do território em que habitam), suspeitos de Febre de Chikungunya. 

Destes casos autóctones suspeitos, 682 (39%) foram confirmados, sendo 46 por critério laboratorial (14 em Oiapoque/AP, 24 em Feira de Santana/BA, 7 em Riachão do Jacuípe/BA e 1 em Matozinhos/MG). 

Outros 566 por critério clínico - epidemiológico.

Dos 825 casos no Brasil até 25 de outubro, 39 casos foram importados e 789 autóctones - ou seja, casos originados aqui no Brasil. 

Além do mapa, será apresentado, quais as técnicas para o controle da doença e bloqueio do vetor. Outro ponto importante do treinamento é como deve ser feita a assistência aos pacientes infectados e qual os procedimentos para realização dos exames laboratoriais.  

Plano

O plano de Contingência para o combate a doença em Goiás está pronto e foi enviado para o Ministério da Saúde para apreciação. 

As ações contidas no plano visam conter uma possível epidemia. Faz parte do plano, também, a compra de medicamentos. 

Ainda estão sendo feitas reuniões com as regionais de Saúde  para capacitar os técnicos para receberem os pacientes e atuarem em combate ao mosquito, que é o mesmo que transmite a dengue.

Fonte: Secretaria de Saúde

O que é a Chikungunya? 

Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.

Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.

A febre chikungunya teve seu vírus isolado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia. Ela recebeu esse nome pois chikungunya significa “aqueles que se dobram” no dialeto Makonde da Tanzânia, termo este usado para designar aqueles que sofriam com o mal. 

A doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção por causa das articulações inflamadas e doloridas, daí o “andar curvado”.

Os mosquitos transmitiam a doença para africanos abaixo do Saara, mas os surtos não ocorriam até junho de 2004. A partir desse ano, a febre chikungunya teve fortes manifestações no Quênia, e dali se espalhou pelas ilhas do Oceano Índico. Da primavera de 2004 ao verão de 2006, ocorreu um número estimado em 500 mil casos.

A epidemia propagou-se do Oceano Índico à Índia, onde grandes eventos emergiram em 2006. Uma vez introduzido, o CHIKV alastrou-se em 17 dos 28 estados da Índia e infectou mais de 1,39 milhão de pessoas antes do final do ano. O surto da Índia continuou em 2010 com novos casos aparecendo em áreas não envolvidas no início da fase epidêmica.

Os casos também têm sido propagados da Índia para as Ilhas de Andaman e Nicobar, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Singapura, Malásia, Indonésia e numerosos outros países por meio de viajantes infectados. 

A preocupação com a propagação do CHIKV atingiu um pico em 2007, quando o vírus foi encontrado no norte da Itália após ser introduzido por um viajante com o vírus advindo da Índia.


As taxas de ataque em comunidades afetadas em recentes epidemias variam de 38% a 63% e, embora em níveis reduzidos, muitos casos destes países continuam sendo relatados. Em 2010, o vírus continua a causar doença em países como Índia, Indonésia, Myanmar, Tailândia, Maldivas e reapareceu na Ilha Réunion.

 
Fonte: Ministério da Saúde

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