quarta-feira, 4 de julho de 2012

CRIANÇAS AFOGAM EM BERÇÁRIO DE GOIÃNIA



Delegada afirma que crianças caíram na piscina de berçário juntas, em Goiás (Foto: Reprodução TV Anhanguera)Delegada Renata Vieira, titular da DPCA,
em Goiânia (Foto: Reprodução TV Anhanguera)
A delegada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Renata Vieira, afirmou ao G1 nesta quarta-feira (4) que as duas crianças vítimas de afogamento em um berçário no Setor Serrinha, em Goiânia, caíram juntas na piscina. "Depois dos depoimentos de três funcionárias, não estamos trabalhando com a hipótese das crianças terem caído de forma separada", diz a responsável pelo caso.
A análise da policial contradiz a versão apresentada pelas monitoras desde o dia do acidente, na manhã da última segunda-feira (2). Uma das funcionárias afirma que deu falta de uma das crianças e a encontrou caída na piscina. Ao socorrê-la, no momento de desespero, deixou o acesso à área de lazer aberto. O menino de 2 anos teria se afogado nesse momento. Para a delegada, apesar de uma das funcionárias ter afirmado que o garoto estava em uma sala, era impossível ele ter ido até a piscina após a queda da menina, pois precisaria ter passado pelo corredor onde as monitoras prestavam os primeiros socorros ao bebê de um ano. A polícia ouviu na terça-feira (4) uma monitora veterana, uma monitora novata e uma auxiliar de limpeza da creche.Em depoimento, a monitora veterana relatou que teria resgatado a menina e, logo em seguida, elas ficaram no corredor de passagem para a piscina. "Isso nos leva a crer que o garoto já estava dentro d’água e, por isso, o estado de saúde dele atualmente é mais grave”, explica a delegada. Para Renata, as funcionárias não perceberam, de imediato, que havia outra criança na piscina.
Ela ainda conta que a auxiliar de limpeza, que tinha saído para buscar açúcar em uma escola ao lado, foi quem percebeu a ausência do menino. “Curiosamente, ela foi quem sentiu a falta do garoto, pois, as duas monitoras alegaram que cuidavam das mochilas das crianças e dos bebês que estavam nos carrinhos”, declara Renata Vieira.A delegada acredita que houve negligência em vários sentidos. "Uma das monitoras chegou a falar em depoimento que o portão da piscina já teria ficado aberto outras vezes. Entretanto, nenhuma das três disse quem teria deixado a porta da cozinha [que dá acesso à área de lazer] aberta. Além disso, queremos ouvir do proprietário da creche se a monitora que estava trabalhando pela primeira vez não recebeu nenhum tipo de orientação adequada”, pontuou Renata Vieira.
O dono do berçário presta depoimento nesta quarta-feira (4). As investigações são preliminares, já que não há inquérito aberto, visto que nenhum dos pais registraram ocorrência ou fizeram denúncia. Pessoas envolvidas no resgate das crianças também serão ouvidas.AfogamentoNa manhã de segunda-feira (2), duas crianças, um garoto de 2 anos e uma menina de 1 ano e 9 meses, se afogaram na piscina de um berçário. Elas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para o Hospital Materno Infantil.

Posteriormente, a menina foi transferida para o Hospital da Criança e o menino para o Instituto Goiano de Pediatria (Igope). Apesar do estado parcialmente grave, ela já respira sem ajuda de aparelhos.O quadro do menino também evoluiu. De acordo com o pediatra Henrique Gomide, do Igope, onde a criança está internada, o quadro passou de gravíssimo, na segunda, para grave, na terça-feira.
Fonte: Adriano Zago Do G1 G

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