sábado, 9 de agosto de 2014

Polícia Civil prendeu um suspeito de envolvimento nas mortes de mulheres em Goiania


Polícia prende jovem suspeito da morte de duas mulheres em Goiânia

A Polícia Civil prendeu, na noite de quinta-feira (7), um suspeito de envolvimento em dois homicídios contra mulheres praticados por motociclistas neste ano em Goiânia e que são investigados por uma força-tarefa da corporação. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (8), o superintendente de Polícia Judiciária de Goiás, delegado Deusny Aparecido, não revelou quais os casos em que o homem detido teria agido nem a sua identidade, mas afirmou se tratar de um jovem que já havia cumprindo pena em Goiânia por outros crimes.

Uma força-tarefa criada na última segunda-feira (4) pela Polícia Civil está investigando a série de assassinatos cometidos contra mulheres este ano na capital. A polícia não crê na existência de um "serial killer", mas também não descarta a possibilidade.

Ainda segundo o delegado, o suspeito, que não teve a idade divulgada, estava em casa, mas o bairro onde a prisão ocorreu não foi relevado. No imóvel, foram apreendidas uma moto e vestimentas pretas, além de alguns capacetes, um deles, também de cor escura. Questionado sobre onde o jovem estaria detido, Aparecido revelou apenas que ele está em "uma das celas da capital".

De acordo com a polícia, o suspeito é ex-dentento do sistema prisional goiano e já tem uma extensa ficha criminal, com passagens pelos crimes de assalto e formação de quadrilha. Ele não é um dos envolvidos nas mortes que estava com ordem de prisão em aberto. Segundo o delegado, o pedido foi feito após a instituição da força-tarefa e acatado pela Justiça recentemente.

"Representamos pelos dois mandados de prisão após a criação da força-tarefa por acreditar que ele [o suspeito detido] tem envolvimento em dois dos casos investigados. Já o ouvimos e ele negou participação nos fatos, mas ainda é o principio da apuração e vamos ouvi-lo outras vezes", disse.

Força-tarefa

A força-tarefa da Polícia Civil investigava 18 casos ocorridos neste ano em Goiânia, mas na coletiva desta tarde o delegado descartou um dos crimes, que era uma tentativa de homicídio contra uma mulher. Entre os homicídios que continuam sendo apurados estão as mortes de 15 mulheres, a de um homem e uma tentativa de homicídio contra uma mulher.

"Sentamos junto com a investigação e concluímos que essa tentativa sequer aconteceu. Isso fez a polícia perder muito tempo e dinheiro em busca de um fato falso, prejudicando de sobremaneira nossa apuração. Agora, trabalhamos com 17 casos", destacou.

Participam do grupo de investigação 16 delegados, sendo os nove da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), três que atuam em outras delegacias e mais três do interior do estado. Além deles, 30 agentes e dez escrivães também integram o grupo.

O primeiro crime da série de assassinatos ocorreu em 18 de janeiro, quando Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, foi executada por homens em uma motocicleta, no Setor Lorena Park, na capital. Na época, a polícia informou que eles roubaram o celular da vítima e fugiram.

A vítima mais recente foi a estudante Ana Lídia Gomes, de 14 anos, morta no último dia 2 deste mês por um motociclista em um ponto de ônibus do Setor Conjunto Morada Nova, na capital. Por causa das semelhanças dos crimes, o assassinato de Ana Lídia aumentou a desconfiança da população de que um assassino em série está agindo em Goiânia.

Segundo informações da Polícia Civil, os crimes tiveram dinâmica semelhante. Porém, de acordo com o delegado titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Murilo Polati, as investigações apontam que as motocicletas usadas são de marcas e cilindradas diferentes, além das descrições físicas dos suspeitos não serem as mesmas.

O delegado explica que algumas das investigações indicam crimes passionais e outras apontam envolvimento das vítimas com consumo e tráfico de drogas. Entretanto, ele não dá detalhes para não comprometer os inquéritos.

Desde maio, quando surgiu a possibilidade de que exista um "serial killer" na capital, após uma mensagem de voz compartilhada pelo aplicativo de celular Whatsapp, a Polícia Civil tratava o caso como um boato. No último dia 3 deste mês, a corporação voltou a afirmar que não crê na possibilidade de que um assassino em série esteja agindo em Goiânia, mas admitiu, pela primeira vez, que não descarta a hipótese.

Fonte: g1.goias

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