segunda-feira, 16 de setembro de 2013

MORREU NESTA SEXTA-FEIRA 13/09/2013 - DIOLINO BARBOSA


Deolindo Barbosa com sua esposa Doraci Delfino dos
Santos e sua primeira filha, Suelena Prates Barbosa (foto de 1977)

Falecido aos 92 anos, na última sexta-feira, 13, Deolindo Barbosa – o “Seu Deolindo do Cartório” -  tem uma belíssima história de vida e de relevantes serviços prestados à sua comunidade de Campos Belos. 

“Seu Deolindo” nasceu  em 18 de outubro de 1920, em Campos Belos, que na época nem era emancipado.  

É filho de Manoel Barbosa e de Deolinda da Costa Barbosa, que tiveram mais cinco filhos:  Adaltiva Barbosa de Miranda, Eurídice Barbosa Rocha (Dona Eurídice), Etelvina (Dona Teté), Bailon e Anália. Fernando Costa também era irmão de Seu Deolindo, apenas por parte de mãe. 

De família humilde, iniciou seus estudos em Porto Nacional, hoje no Tocantins, ainda década de 40, onde concluiu o ginásio em 1943.

Pouco tempo depois foi servir o Exercito Brasileiro, no Rio de Janeiro e, depois, à Força Aérea Brasileira (FAB), em São Paulo, para onde foi transferido.

Era uma época difícil e efervescente do governo Getúlio Vargas e da 2ª Segunda Guerra Mundial. Chegou a ficar “retido” por alguns anos.

Após a difícil jornada nos grandes centros do Brasil da década de 40, retornou a Campos Belos, de carona em um avião da FAB, que tinha como piloto o brigadeiro da esquadrilha onde estava lotado em São Paulo.  

O avião pousou na cidade vizinha de Arraias, que possuía o único aeroporto regional da época e com voos regulares de empresas da aviação brasileira.

Já em 1964, após o falecimento da sua irmã, Anália, então Juíza de Paz de Campos Belos, Deolindo Barbosa decidiu ir a Goiânia, capital do extenso estado de Goiás, prestar concurso público para o Cartório de Registro Civil de Campos Belos.

Na ocasião, foi convidado a hospedar-se na residência do então desembargador Rivadávia Licínio de Miranda – que hoje dá nome a uma importante rua da cidade - até a realização do concurso.

Aprovado, voltou a Campos Belos, agora  nomeado pelo Presidente do Tribunal de Justiça da capital, Manoel Amorim Félix de Sousa e pelos desembargadores Fausto Xavier de Rezende e Rivadávia Licínio de Miranda.

Foi neste ano de 1964 que Campos Belos ganhou o seu Fórum. Até então, as pendências legais, como casamentos, batizados, transferências de bens imóveis e outras demandas judiciais eram resolvidas em Arraias, a sede da Comarca.

E foi neste novo Fórum que Deolindo Barbosa trabalhou por cerca de 40 longos anos, registrando o nascimento de aproximadamente 15 mil pessoas;  fazendo outros milhares de casamentos e a lavratura de milhares registros de óbitos.

Homem inteligente, de fino trato, educado, visionário e de negócios, também contribuiu para o desenvolvimento da cidade na construção de muitos imóveis, comerciais e residenciais.  

Também foi em Campos Belos que edificou o seu maior patrimônio: a sua família. Casou-se com  Doraci Delfino dos Santos, com quem conviveu por todos estes anos. 

Sua primeira filha, Suelena Barbosa, nasceu em 1977, como bem ilustra a imagem acima.

Guerreiro e afeito ao trabalho, aposentou-se em 1993, mas continuou firme no trabalho até 2007, quando então deixou o posto e se desligou totalmente da função, para resguarda-se para sempre junto à sua família.  

Ao partir, "Seu Deolindo" deixa seu maior patrimônio: a esposa, Doraci Delfino, os filhos Gabriel Prates , Petronio Prates e Suelena Prates e os netos Fabricio, Joyce e Geovana Barbosa.

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