terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ENTERRADOS OS CORPOS DAS 7 VÍTIMAS DO NAUFRÁGIO NO LAGO CORUMBÁ III EM LUZIÂNIA

Os corpos das sete pessoas que morreram após o naufrágio da canoa em que estavam no Lago Corumbá III, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, foram enterrados na noite de segunda-feira (24) no Cemitério Parque Memorial, em Novo Gama, também no Entorno. De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de mil pessoas acompanharam a cerimônia, que durou cerca de três horas.

Os corpos das vítimas, que eram quatro crianças, uma adolescente e dois adultos, foram enterrados juntos. O velório  foi marcado por muita comoção e tumulto. Parentes e amigos tiveram dificuldade para se aproximar dos caixões devido à grande quantidade de curiosos. “Tem muito mais curioso do que conhecido”, reclamou a estudante e amiga da família Maria de Fátima. Além das 7 vítimas, quatro passageiros sobreviveram ao naufrágio.

A Polícia Civil já começou a investigar o caso. Dois fatores vão ser analisados: quem é o responsável pelo acidente e o que provocou o naufrágio da embarcação. De acordo com o delegado Igor Carvalho, responsável pelo caso, os depoimentos dos sobreviventes reforçam a tese de que houve negligência por parte do condutor da canoa.

O responsável pela embarcação não teria distribuído coletes salva-vidas para todos e teria permitido que embarcassem mais passageiros que o máximo permitido. “Se o condutor, que é responsável pelos passageiros, não observar as normas, isso já pode ser considerado com uma modalidade de culpa”, afirmou o delegado. O dono da canoa pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O delegado aguarda o resultado dos laudos com a causa das mortes. Uma perícia ainda deve ser realizada no local do acidente para tentar esclarecer o que provou o naufrágio. A Polícia Civil tem trinta dias para concluir o inquérito.

Acidente

O naufrágio aconteceu na tarde de sábado (22), quando 11 pessoas embarcaram em uma canoa. Elas passavam o final de semana em uma chácara. Segundo os bombeiros, os sobreviventes informaram que, quando o barco se distanciou das margens do lago, a água começou a entrar pela proa e rapidamente a canoa afundou.
Comerciante, Sandro Viera é uma das pessoas que estava na canoa. O sobrevivente conta como o acidente aconteceu: “Chegando ao lago, o rapaz ofereceu para a gente andar de barco. Foi aí que começou a entrar todo mundo. Na metade do rio começou a entrar água na canoa e o barco virou, quando já estava fazendo a curva para voltar”.

Segundo o Corpo de Bombeiros, um menino de seis anos era o único a usar colete salva-vidas. Ao ver a mãe afundando, ele a segurou e ambos se salvaram. Além deles e do comerciante, o homem que conduzia o barco também sobreviveu. Proprietário da canoa, o condutor fez o teste do bafômetro, que deu negativo para o consumo de bebida alcoólica.
O menino Artur da Silva, de 6 anos, usava boia em um dos braços. Ele chegou a ser resgatado por parentes e encaminhado a um hospital de Luziânia. Entretanto, não resistiu.

As outras seis vítimas se afogaram e os corpos foram retirados no lago pelo Corpo de Bombeiros. As crianças que morreram são: Ane Gabriele, de 4 anos, Jaine Vitória, 10 anos e Davy da Silva Menezes, 11 anos. A adolescente Sara da Silva Ribeiro, de 16 anos, também se afogou. Os adultos Evandro José dos Santos e Rúbio da Silva, ambos de 27 anos, também morreram.

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