segunda-feira, 11 de junho de 2012

CPI espera que Marconi Perillo explique relação com Cachoeira

A venda de uma casa do governador para Cachoeira é considerado o fio da meada e motivou a convocação de Perillo. A apuração das circunstâncias em que a transação ocorreu, na opinião dos deputados e senadores que integram a comissão, servirá para tentar esclarecer o grau de proximidade do governador com Cachoeira, suspeito de envolvimento com jogos ilegais e de comandar uma rede criminosa envolvendo políticos e empresários. Na opinião do relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), Perillo tem muito a explicar.
"Prefiro não adiantar minhas dúvidas, mas acho que o depoimento será a oportunidade de o governador Perillo esclarecer muita coisa, não só em relação à venda da casa, mas também sobre sua relação com Cachoeira", disse o relator.
Já o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) defendeu o governador e colega de partido ao dizer que Marconi vai virar o jogo" ao depor na CPI. "Ele vai ser convincente e vai virar o jogo. Ele vem reafirmando a mesma sequência de acontecimentos, não há contradição alguma."
Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), há muitos pontos obscuros a serem esclarecidos. "O governador Marconi Perillo terá de esclarecer muitos pontos que ainda estão obscuros. A história da venda da casa não fecha. Há pelo menos três versões diferentes", comentou.
Rodrigues disse que na semana passada chegou a ser procurado para uma conversa com Perillo, antes do depoimento. "Um assessor me procurou sondando sobre a possibilidade de conversar com o governador antes de terça-feira. Coloquei a condição de ser uma conversa pública, com a presença de mais três parlamentares. O encontro não prosperou", disse o senador.
As diferentes versões sobre a venda da casa apareceram em nota divulgada pelo governador, nos depoimentos dados à CPI pelo ex-vereador Wladimir Garcez e pelo empresário Walter Paulo Santiago.
Carlinhos Cachoeira acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.
Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata

Fonte: Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário